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Adolescência, um período de vida de extrema importância, pois é nele que ocorre a transição entre a infância e a vida adulta. Onde o processo de distanciamento das formas comportamentais e privilégios infantis são iniciados, se mesclando com aquisições, características e competências adultas.

Para muitos estudiosos do tema, a adolescência é um período que ocorre entre os 11 aos 21 anos de idade, já a ONU define este período entre 15 e 24 anos de idade, mas o período e o termo adolescente diferem entre as nações (países). Dependendo de fatores culturais, a adolescência pode iniciar mais tarde, independente do desenvolvimento físico da criança.

Durante a adolescência, o corpo continua se desenvolvendo até aproximadamente as idades de 16 a 19 anos, quando então a estatura adulta é atingida. Os homens em média atingem a estatura adulta dois anos mais tarde do que as mulheres. Paralelamente ocorre um aumento de peso. Partes do corpo também crescem com velocidades diferentes, geralmente os braços, pernas e cabeça crescem mais rapidamente, atingindo o tamanho final mais cedo, antes do restante do corpo. Por isso muitas vezes aqueles movimentos desajeitados, típicos da adolescência são perfeitamente observáveis.
Mesmo apresentando diferenças individuais no crescimento e desenvolvimento sexual, este processo apresenta uma sequência comum, mas inicia em média dois anos antes para as mulheres.

A jovem adolescente por amadurecer antes, busca realçar sua feminilidade, muitas vezes prorrogando encontros sexuais efetivos e desta forma selecionando um parceiro adequado para sua primeira relação sexual, este processo é instintivo e muitas vezes não chegando a ser consciente. Por outro lado, os garotos, buscam encontros sexuais com mais ansiedade, tentando “convencer” as garotas ao sexo com eles. Em nosso meio, a experimentação de sensações sexuais é obtida sem necessariamente ocorrer à relação sexual propriamente dita. Daí vem o tão usual termo “ficar” com alguém.
Ainda hoje a perda da virgindade é um marco, que dependendo da educação e tradição familiar, pode ser vivenciada pelo adolescente com orgulho ou com culpa excessiva.

Iniciando o Século XXI, na era da super informação, da globalização, onde a censura em diversos meios de comunicação vai se tornando menos atuante, onde o apelo sexual é frequente e precoce, os jovens em geral ficam expostos a situações muitas vezes não muito bem compreendidas por eles. Os adolescentes naturalmente falam como adultos, tentam se portar como tal e procuram os privilégios da maturidade, mas, ainda falta a experiência, a responsabilidade e o significado real de um envolvimento sexual.
A gravidez não programada, a exposição a doenças sexualmente transmissíveis e a Aids, infelizmente, são os resultados desta situação. Informações pouco qualificadas e o precário respeito dos próprios adultos perante as necessidades dos adolescentes acabam levando os jovens a situações, muitas vezes dolorosas e infelizmente ao desenvolvimento ilusório dos mesmos.

Referências:
Steinberg, L. Adolescence. 3ª Ed. MacGraw-Hill. New York, 1993.
Brasil. Estatuto da criança e do adolescente: Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, Lei n. 8.242, de 12 de outubro de 1991. – 3. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2001.