Coletivo Educador Ambiental Regional

Artigo Biodiversidade

COLETIVO EDUCADOR
ESCOLAS: E.M.E.F. ANTÔNIO MARTINS RANGEL e E.M.E.F EMÍLIO LEICHTEVEIS
TEMÁTICA: BIODIVERSIDADE AGENDA 21 TAQUARA 2015
RESUMO
Para a construção da agenda 21 de 2015, duas escolas municipais se reuniram para trabalhar o tema biodiversidade com as COM-VIDAS. Para trabalhar o tema foi pesquisado o que é biodiversidade, as ameaças que vem sofrendo pelas ações do homem e assim envolver os alunos com atividades de conscientização e preservação do meio ambiente. Dentre as atividades foi construído hortas, floreiras, reutilização e reciclagem de resíduos. Essas foram algumas maneiras de mostrar a importância da biodiversidade no nosso dia-a-dia.

TRABALHANDO A BIODIVERSIDADE NA ESCOLA
As escolas municipais ANTÔNIO MARTINS RANGEL e EMÍLIO LEICHTEVEIS se reuniram para dar continuidade a construção das suas “agendas 21”.
Para o ano de 2015 o tema escolhido pelas as escolas foi a BIODIVERSIDADE. Após a apresentação do tema aos alunos, foi possível verificar com quais objetivos traçariam suas metas para a realização de suas ações: construção de horta escolar (Oficina do Projeto Mais Educação com alunos da COM-VIDA); construção de canteiros de flores e ervas medicinais e à reutilização e à reciclagem de resíduos.
Os objetivos foram: caracterizar o termo biodiversidade, as ameaças causadas pelo ser humano, como amenizar esses impactos com a reutilização e a reciclagem de resíduos encontrados na escola, observar a biodiversidade na horta escolar, nos canteiros de flores e ervas medicinais.
Segundo WWF-BRASIL, o termo biodiversidade – ou diversidade biológica – descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano. Para entender o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras.
Infelizmente é muito visível a presença do ser humano nas alterações dos biomas. As aglomerações nas zonas urbanas e até mesmo nas zonas rurais provocaram profundos e irreversíveis danos e o distanciamento dos espaços naturais criou nas pessoas uma visão distorcida sobre o meio ambiente. Segundo SANTOS (2013), muito se tem dito sobre a “mão lesiva” do homem sobre o meio ambiente – devastações em massa, destruição de ambientes naturais, super-exploração dos recursos naturais, invenção de materiais não-biodegradáveis, entre outros. Nas últimas cinco décadas, segundo alguns especialistas, o ser humano devastou mais áreas naturais do que toda a humanidade em milhares de anos. A consequência mais funesta das ameaças à biodiversidade para MENDONÇA et al. (2009), é sem sombra de dúvida, a extinção de uma espécie. Com a perda da espécie, perde-se o patrimônio genético e, não raramente, se afeta a dinâmica das relações tróficas entre os inúmeros seres vivos que compõem a teia alimentar em que a espécie se insere.
Para PHILIPPI JÚNIOR e PELICONI (2000), o educador ambiental, poderá promover uma relação mais harmoniosa entre o homem e a natureza, baseada no respeito e responsabilidade da comunidade, a partir de uma reflexão contínua de sua ação. Segundo o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (2007), a horta é um sistema agrícola produtivo que potencializa a biodiversidade ecológica com a adoção de um padrão tecnológico ético, não predatório nem agressivo ao meio ambiente, portanto, não degradante à natureza e à sociedade. Proporciona o consumo de hortaliças saudáveis, de forma econômica, observando as leis da natureza, além de momentos de distração, vida ao ar livre, oportunidade de trabalho manual (atividade física) e satisfação de ver o desenvolvimento das plantas. O uso e a importância da biodiversidade na alimentação e na nutrição remontam à própria história da civilização. De fato, o uso da biodiversidade se materializou com a domesticação das plantas e dos animais ao longo dos tempos, processo esse que continua até os dias de hoje.
Assim, educar com a horta escolar é uma estratégia pedagógica que possibilita a geração de mudanças na cultura da comunidade no que se refere à alimentação, à nutrição, à saúde, ao ambiente e à qualidade de vida de todos, pois se apresenta como um “ecossistema”, em que educandos, professores, funcionários da escola e comunidade possam trabalhar de maneira autônoma, solidária e cooperativa em favor da aprendizagem de todos.
Após estudos e as metas traçadas as COM-VIDAS entraram em ação promovendo diferentes atividades relacionados ao tema biodiversidade. As atividades com horta escolar possibilitaram aos educandos, entre tantas coisas: resgatar a relação ser humano/natureza como revolver a terra, retirar mato, plantar, podar, regar que são ótimos exercícios físicos e representam uma maneira saudável e criativa de aprender; observar os diferentes organismos encontrados no solo, realizar a limpeza e revitalização de floreiras, recolhimento e separação de resíduos encontrados no pátio da escola, reutilização de alguns resíduos (potes, tubos, madeiras, canos, pneus, etc), compreender a importância do solo, da água e dos nutrientes; promover a análise e a reflexão sobre os desperdícios alimentares; compreender a importância de uma alimentação equilibrada para a saúde e compreender, na prática a importância da biodiversidade.

CONCLUSÃO
O presente trabalho mostrou o que é biodiversidade, as ameaças que vem sofrendo pela ação do ser humano. Pensando no papel fundamental desempenhado pela educação no que tange à formação de cidadãos críticos e conscientes de suas responsabilidades sociais e ambientais, torna-se especialmente importante analisarmos em que nível de discussão se encontram as questões que permeiam a sustentabilidade, a defesa do meio ambiente, as alternativas menos poluidoras e mais eficientes do ponto de vista ambiental.
Por isso os grupos da COM-VIDA das escolas ANTÔNIO MARTINS RANGEL e EMÍLIO LEICHTEVEIS estão desempenhando seus papéis na defesa do meio ambiente, realizando diversas atividades relacionados ao tema biodiversidade. Essas atividades são realizadas com os demais alunos e professores de suas escolas, e esse envolvimento é muito positivo, uma vez que todos envolvidos, todos se responsabilizam em cuidar do pátio, cuidar das floreiras e dos canteiros da horta e se conscientizando sobre os desperdícios, a utilização, a reutilização e a reciclagem dos resíduos produzidos nas escolas.
Essas atividades sendo interdisciplinares e recomendadas para a abordagem de questões ambientais, permite uma evolução na formação de cada aluno, por possibilitar trocas de experiências, reflexões e tomadas de decisões coletivas e formação de equipes voltadas a pesquisas relacionadas aos diversos problemas ambientais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1) Pesquisa em http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biodiversidade/. Acesso em agosto de 2015.
2) MENDONCA, L. B.; LOPES, E. V.; ANJOS, L. On the possible extinction of bird species in the Upper Paraná River floodplain. Brazil. Braz. J. Biol., São Carlos, v. 69, n. 2, June 2009.
3) PHILIPPI JÚNIOR, A.; PELICIONI, M. C. F. (Editores). Educação ambiental: desenvolvimento de cursos e projetos. São Paulo: USP. Faculdade de Saúde Pública. Núcleo de Informações em Saúde Ambiental: Signus, 2000. p.3-5.
4) SANTOS, Fernando Santiago dos em http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/fevereiro2013/ciencias_artigos/biodiversidade.pdf. Acesso em agosto de 2015.
5) Postado por teresinha victorino em http://terevictorinoea.blogspot.com.br/2011/08/horta-escolar-como-instrumento-de.html
6) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Projeto Educando com a Horta Escolar. Cadernos 1, 2, 3, 4. Brasília – DF, 2007. Disponível em www.educandocomahorta.org.br

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